quarta-feira, 10 de março de 2010

Gestão de risco de crédito

O fantástico mundo financeiro não possui um “dono” ou uma verdade, tanto quanto à contabilidade (que é uma ciência social), trabalhamos com princípios e vários caminhos que nos levam ao sucesso. Mas infelizmente vemos inumeras instituições desprezando a gestão de risco de crédito, ou simplesmente fazem uma avaliação em apenas um tipo de risco e vendem sem minimizar o risco da inadimplência.

Com a globalização os profissionais do mercado nacional de risco estão divididos em dois grupos, os que cada vez mais têm acesso a instrumentos para fazer a gestão e um segundo grupo que “nada contra a correnteza”. Isto porque existem quatro fatores que qualquer instituição necessita para ter êxito na gestão do risco:

✔ Políticas de crédito;
✔ Qualidade dos seus recursos humanos;
✔ Recursos materiais que possibilitem decisões rápidas e seguras;
✔ Gerenciamento eficaz da carteira.

Muitas instituições ainda mantêm como foco a missão de satisfazer as necessidades no relacionamento comercial e no aumento de capital para suprir as próprias necessidades do ciclo operacional/financeiro, esquecendo da importância da atividade de gerir e analisar crédito no contexto socioeconômico.

Os autores Weston e Brigham¹ enumeram os 5 C's do crédito e que até hoje são as bases para qualquer modelo de gestão de risco e, que com o passar dos anos, mais um C foi adicionado. Os 6 C's do crédito estão definidos como Caráter, Capacidade, Conglomerado, Condições, Capital e Colaterais.


Outro fator determinante é a capacidade das instituições em desenvolver a análise setorial e conhecer os riscos que o mercado de interesse pode proporcionar, pois o sucesso das instituições está não só na sua gestão bem como em seu mercado.

É provável que com a preocupação das empresas em implantar o CRM (Customer Relationship Management), que atualmente está tão em moda e, sem dúvida, é muito importante para as empresas. Possa enfim desenvolver com este banco de dados o setorial e descobrir o comportamento padrão das empresas que lhe interessa e minimizar o risco da empresa versus risco setor.

Estes pontos que foram destacados são a democratização de uma ferramenta de gestão que ficou por muito tempo na mão de instituições financeiras e empresas que sempre estiveram na vanguarda de conceitos acadêmicos e de negócios, mas atualmente é possível qualquer instituição (independente de origem ou porte) desenvolver o seu modelo de gestão de crédito e risco.
Para tanto é necessário uma grande reflexão sobre quem é a instituição, quais são os fatores que necessitam ser desenvolvidos e quem ela quer atingir e o mais importante “arregaçar as mangas “ pois haverá muito trabalho e, com certeza, belos frutos.

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