segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A Importância da Análise Econômico-Financeira

A análise econômico-financeiras das empresas é uma realidade desde o final do século XIX, mas a dinâmica desta técnica e a necessidade para gerar negócios fizeram com que a metade do século XX fosse a confirmação de que o mundo dos negócios não vive mais sem um exame minucioso dos dados econômico financeiros de qualquer empresa.

A economia mundial tem passado por transformações enormes e a dinâmica da informação, através dos meios de comunicação e de transmissão de dados, mais a disputa para se conseguir produzir bens e serviços com o menor preço e qualidade estão cada vez mais mostrando que empresas tradicionais ou de renome podem quebrar num piscar de olhos.

O lucro ou prejuízo de uma empresa passou a ser assunto diário para um público que normalmente é considerado leigo, pois estas informações estão disponíveis na internet ou mesmo nos meios de comunicação.

Muitos empresários e profissionais, no entanto não se perceberam de que a sua empresa ou mesmo o seu trabalho necessita de uma análise econômico-financeira. Os sindicatos reivindicam melhores condições salariais e estabilidade de emprego, profissionais da área financeira assumem risco perante a lei por desconhecerem a real situação da empresa e empresários fazem péssimos investimentos por não analisarem os riscos envolvidos.

Cada vez mais as condições da estrutura organizacional, capacidade gerencial, níveis de tecnologia farão a diferença para as condições política e econômica, concorrência, entre outros.
As informações que constam nas demonstrações financeiras de uma empresa servem de canal para se buscar os dados necessários para avaliar a empresa e assim tomar a decisão.

Todo empresário deveria ver as suas demonstrações financeiras como a vitrine do seu negócio, pois é sabido que para um banco ou um fornecedor determinar crédito, um cliente que necessita de um fornecedor estratégico, compra de ações na bolsa de valores entre outras situações a base é e sempre será a análise econômico-financeira. Assim sendo manipular dados, ocultar ou simplesmente dificultar a análise dos dados constantes nas demonstrações financeiras será sempre um “crime” contra o próprio investimento.

Uma das maiores ansiedades e dificuldades de quem necessita analisar balanços patrimoniais é tirar as informações dele e fazer comparações. Os índices de liquidez, rentabilidade, fluxo de caixa e etc, permitem verificar a relação entre parte das contas das demonstrações econômico-financeira, ora seja por composição percentual ou a evolução.

Avaliar a condição do índice é um outro problema, pois como dizer que o índice X é ótimo? Basicamente, deve-se comparar este índice e qualquer outro a de outras empresas em condições iguais ou similares a que esta sendo analisada. Isto porque antes da comparação deve-se considerar o porte, ramos, sub-ramo, região demográfica, etc.

Depois é importante separar o que se quer comparar, afinal o universo de índices de análise balanços patrimoniais é gigantesco e estudos mostram que existe uma quantidade aconselhável conforme o seu interesse de análise.

Utilizando algumas técnicas estatísticas é possível comparar o desempenho de uma empresa com o de outras 100 ou mais empresas. O que chamamos de técnica de índices-padrão permite avaliar o índice de uma empresa com o universo analisado.

Muitos utilizando apenas a média para trabalhar as comparações. Mas será que a média é suficiente?

A estatística mostra que existem basicamente três tipos de medias de posição e que elas juntas tornam-se muito mais interessantes do que apenas a média para o nosso propósito.

São elas:
 Moda: o objetivo é mostrar aquilo que é mais comum no universo analisado.
Exemplo: 1,2,4,4,4,4,5,7,8,9 - neste caso o nº 4 é a moda pois aparece com mais freqüência;
 Média: o objetivo é demonstrar o que é mais característico do universo.
Exemplo: 1,2,4,4,4,4,5,7,8,9 – soma é igual a 48 que divido por 10 é 4,8, ou seja a média é 4,8;
 Mediana: o objetivo é colocar o universo em ordem crescente e é feita uma divisão para que metade fique a baixo e a outra metade a cima, assim fica mais fácil a comparação com outros elementos.

Como a análise da mediana isoladamente não possibilita uma avaliação muito precisa, utilizamos os quartis, decis ou percentis para melhorarmos a precisão, sendo que o decis é o mais recomendável.

Isto porque ao utilizar o decil deixamos de ter apenas uma única medida de posição para termos nove e assim termos uma excelente idéia de distribuição estatística. Cada decil trabalha com uma faixa de 10% do universo.

Se o interesse é comparar a empresa com 200, 1.000 ou 10.000 ou mais empresas basta apenas utilizar os noves decis e encontrar a posição relativa da empresa.

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